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Uma viagem às raízes: a incrível descoberta de Bianca Giordana na Argentina graças a Italea Piemonte

10 Junho 2025

4 minutos

Foto de Bianca Giordana

A busca pelas origens é uma jornada fascinante que muitas vezes revela histórias inesperadas e conexões profundas. É o caso de Bianca Giordana, uma jovem piemontesa que, com o precioso apoio de Italea Piemonte, embarcou em uma emocionante aventura na Argentina para reconstruir os vestígios de seu bisavô, Umberto Calamaio, que emigrou no início do século XX. Essa jornada, além da mera recuperação de documentos, levou a uma comovente reunião familiar e à redescoberta de um legado cultural inestimável.

Bianca estava ansiosa para entender mais sobre a estadia de seu bisavô na Argentina, particularmente se ele se beneficiaria das leis argentinas que ofereciam terras aos migrantes piemonteses. Apesar das dificuldades em encontrar documentos específicos, o projeto Italea Piemonte tem se mostrado um aliado fundamental. Graças a um contato fornecido pela equipe, Bianca pôde conhecer Maxi, que a guiou até a família Chiantore em La Para, um lugar onde o bisavô Umberto havia passado um tempo depois de trabalhar em Córdoba. Umberto Calamaio morou na Argentina por 11 anos, explorando diferentes áreas como Paraná e Iguaçu, antes de viajar por uma década entre a Itália e a França.

O encontro com a família Chiantore foi um momento de grande emoção e surpresa. A família Chiatorore, que nunca havia buscado suas raízes italianas, ficou profundamente impressionada com a chegada de Bianca. Através das memórias do idoso Nestor Chiantore, uma verdade comovente emergiu: o bisavô de Bianca havia ensinado membros da família Chiatorore a ler e escrever. Um gesto de profundo impacto que, como diz Bianca, “mudou a vida de toda a família, que agora tem um negócio local de sucesso e organiza toda a vida esportiva da cidade”. Este testemunho foi reforçado pela descoberta de uma foto em que Umberto carinhosamente chamava os Chiantores de “meus alunos”. O mistério sobre seu negócio principal permanece – se ele era um comprador de terras ou um guardião – mas seu impacto é inegável.

Esta descoberta extraordinária não só enriqueceu a história familiar de Bianca, mas também pôs em evidência o papel crucial dos emigrantes italianos na formação cultural e social de comunidades inteiras no estrangeiro. O bisavô Umberto, com seu gesto de alfabetização, foi pioneiro, contribuindo para o desenvolvimento e afirmação de uma família que ainda hoje traz sua marca.

A história de Bianca é um exemplo poderoso de como a busca por raízes vai muito além dos documentos. Como Bianca expressou brilhantemente em sua carta de agradecimento, “Reconstruir a história da migração por meio de histórias com ‘s’ minúsculo, como a do meu bisavô, no contexto mais amplo da história com ‘S’ maiúsculo da Itália recém-formada no início do século XX, é inestimável para entender a capilaridade da cultura italiana, o valor e a dor da migração”.

A Italea Piemonte, com seu compromisso e colaboração com a rede de associações piemontesas na Argentina, confirma-se como uma ponte essencial entre o Piemonte e suas diásporas no mundo. Histórias como a de Bianca Giordana demonstram concretamente a importância de projetos como o Italea, que, também apoiados por fundos NextGenerationEU, permitem remontar pedaços de histórias de família e, em um quadro mais amplo, entender melhor a identidade do povo italiano, que se formou e enriqueceu mesmo fora das fronteiras nacionais.

A propensão para o contato com o mundo exterior, que caracterizou o bisavô de Bianca, foi transmitida de geração em geração, tornando sua neta uma pessoa com um profundo conhecimento da dinâmica migratória e da importância do patrimônio cultural.

Histórias como a de Bianca são provas tangíveis de que a busca pelas origens é um caminho cheio de descobertas, conexões e um valor humano e cultural inestimável.

Para saber mais sobre a história de Bianca Giordana, você pode ler o artigo completo: Bianca Giordana, uma vida na Itália com o coração na Argentina.

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